Anéis olímpicos iluminados na baia de Odaiba, com direito a fogos comemorando a marca de seis meses para a abertura de Tóquio-2020 (Crédito: Divulgação)

No dia em que se comemora a marca de seis meses para a abertura da Olimpíada de Tóquio-2020, a empresa de dados Gracenote publicou sua mais recente atualização do quadro de medalhas para os Jogos. Segundo o levantamento, baseado nos resultados dos países em todas as competições ao longo do ciclo olímpico, os brasileiros conseguirão evoluir em relação ao desempenho na Rio-2016.

O estudo da Gracenote aponta que o Time Brasil terminará a Olimpíada com um total de 21 medalhas, duas a mais do que as conquistadas há quatro anos. Em compensação, com menos ouros, terminando na 15ª posição no quadro geral.

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Toda a vez que falo de quadro medalhas em Olimpíadas, sempre gosto de relembrar que oficialmente ele não existe. Para o COI (Comitê Olímpico Internacional), os Jogos Olímpicos são uma competição de atletas, não uma disputa de nações. A própria Carta Olímpica não faz menção a qualquer classificação geral. Mas institucionalizou-se, muito por conta da mídia ao longo da história dos Jogos, a classificação dos países por medalhas.

Aqui vale um parênteses. O primeiro quadro de medalhas foi criado pela União Soviética, nos Jogos de Helsinque-1952, em sua estreia olímpica. Seria uma forma de ressaltar a força do esporte soviético. O quadro era exibido na entrada do prédio dos soviéticos, na Vila Olímpica. Os americanos resolveram fazer sua classificação própria, para desespero do COI. Não demorou para que os jornais do mundo todo fizessem a mesma coisa. Desde então, não existe Olimpíada sem quadro de medalhas.

Então, até para não criar polêmica, e saber que a disputa de posições medalha a medalha é um charme especial na Olimpíada, o COI fecha os olhos. E sigamos todos fazendo os nossos quadros.

Como o padrão adotado por quase todos os países é considerar a classificação por ouros, a análise do quadro da Gracenote será baseada aqui no blog pelas medalhas douradas (a empresa o fez pelo total de pódios).

Força dos novos esportes

Em relação ao Brasil, que é o que nos interessa, é importante destacar que o estudo da Gracenote mostra um resultado bem semelhante ao que o próprio COB (Comitê Olímpico do Brasil) havia divulgado no final do ano passado. De acordo com a entidade, as equipes e atletas brasileiros faturaram 22 medalhas em Mundiais ou eventos similares em 2019.

O diretor de esportes do COB, Jorge Bichara, já declarou que considerava um resultado na faixa de 20 medalhas algo bem dentro da realidade brasileira atual.

Importante lembrar que as novas modalidades estreantes em Tóquio-2020, em particular o skate e o surfe, terão um peso considerável na campanha brasileira, segundo a Gracenote.

O levantamento aponta que das 21 medalhas brasileiras, sete virão destas modalidades que não estavam nos Jogos do Rio. Seriam uma de ouro, três de prata e três de bronze, de acordo com o estudo. Mas não especifica a origem destas medalhas.

Como curiosidade, vale lembrar que um mês antes da Rio-2016, a empresa Infostrada publicou uma prévia. Nela, o Brasil ganharia 20 medalhas, sendo oito de ouro, o que lhe daria o 10º lugar. Nos ouros, acertou os do futebol masculino, da vela, com Martine Grael e Kahena Kunze, vôlei masculino e vôlei de praia, com a dupla Alison e Bruno Schmidt.

No geral, a Gracenote aponta os Estados Unidos em primeiro, com 47 medalhas de ouro (117 no total). Na sequência, a China ficará em segundo e o Japão em terceiro.

Veja a classificação dos 30 primeiros colocados em Tóquio-2020, pelo levantamento da Gracenote:

Col. País Ouro Prata Bronze Total
1 Estados Unidos 47 36 34 117
2 China 43 21 23 87
3 Japão 30 24 11 65
4 Rússia 25 19 22 66
5 Austrália 17 16 11 44
6 Holanda 16 9 16 41
7 Grã-Bretanha 13 12 17 42
8 Nova Zelândia 12 3 6 21
9 Alemanha 9 12 14 35
10 Coreia do Sul 9 11 6 26
11 Itália 7 8 17 32
12 França 6 16 15 37
13 Hungria 6 7 10 23
14 Canadá 5 8 9 22
15 Brasil 5 5 11 21
16 Quênia 5 4 6 15
17 Turquia 4 5 9 18
18 Ucrânia 4 5 7 16
19 Espanha 3 12 3 18
20 Suécia 3 3 8 14
21 Cuba 3 4 4 11
22 Coreia do Norte 3 3 4 10
23 Irã 3 2 4 9
24 Polônia 2 4 12 18
25 Índia 2 4 6 12
26 Geórgia 2 1 7 10
27 Sérvia 1 4 8 13
28 China Taipei 1 5 5 11
29 Cazaquistão 1 3 7 11
30 Jamaica 1 6 3 10

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VOCÊ SABIA?

“A primeira tocha olímpica foi usada nos Jogos de Berlim, em 1936. Pesava 460 gramas e tinha 27 centímetros de altura”

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